Qual o número do tigre para jogar no bicho?

Bem-vindo a um mergulho profundo no intrigante mundo do Jogo do Bicho, onde vamos explorar o número associado ao tigre neste popular jogo de azar. Prepare-se para uma análise detalhada que irá abordar as dezenas, centenas, milhares e todas as nuances que envolvem o tigre no Jogo do Bicho.

Dezenas Correspondentes ao Tigre no Jogo do Bicho

Antes de nos aprofundarmos na história e nas estratégias de apostas relacionadas ao tigre, é fundamental compreender as dezenas que estão vinculadas a esse animal. As dezenas do tigre são: 85, 86, 87 e 88. No total, existem 100 dezenas e 25 animais no Jogo do Bicho, e cada animal possui suas próprias dezenas específicas no jogo. No caso do tigre, suas dezenas estão localizadas na segunda metade da tabela, onde as dezenas passam de 50.

Entendendo as Centenas no Jogo do Bicho

Agora que já sabemos quais são as dezenas do tigre, é hora de explorar o funcionamento das centenas no Jogo do Bicho. As centenas são formadas ao adicionar qualquer número entre 0 e 9 na frente das dezenas do animal. Vamos exemplificar isso com um caso prático.

Suponha que tenhamos a dezena 85, associada ao tigre. Se adicionarmos o número 2 na frente dela, obteremos a centena 285. Desta forma, temos uma centena relacionada ao tigre no Jogo do Bicho. Isso significa que podemos criar diversas centenas associadas ao tigre, variando o número na casa das dezenas.

Explorando os Milhares no Jogo do Bicho

A mesma lógica das centenas se aplica à identificação dos milhares no Jogo do Bicho. Para encontrar um milhar associado ao tigre, basta observar as duas últimas casas das centenas.

Por exemplo, se tivermos a centena 385 (derivada da dezena 85), podemos criar milhares adicionando qualquer número entre 00 e 99 na frente dela. Assim, teríamos milhares como 3850, 3851, 3852 e assim por diante.

É importante ressaltar que é possível formar um total de 400 milhares no Jogo do Bicho, com 100 possibilidades para cada dezena associada ao tigre.

Como Ganhar no Jogo do Bicho com o Número do Tigre?

Agora que você conhece o número associado ao tigre e como as dezenas, centenas e milhares são formados no Jogo do Bicho, é natural que você queira saber como ganhar nesse jogo.

Em linhas gerais, os jogadores têm diversas opções de apostas no Jogo do Bicho. Você pode optar por jogar com o grupo do animal, que, no caso do tigre, é o grupo número 22, competindo com as quatro dezenas. Os números sorteados sempre correspondem a milhares, variando de 0000 a 9999.

Além disso, é possível fazer outras modalidades de apostas, como escolher uma dezena específica, uma centena específica ou um milhar específico. Quanto mais difícil for acertar, maior será o prêmio. Acertar um milhar “seco,” ou seja, apostar diretamente em um número e ele ser sorteado (por exemplo, 8562 para o tigre), é uma aposta desafiadora, mas pode render um prêmio até 4 mil vezes maior do que o valor apostado. Imagine apostar R$ 10 e ganhar R$ 40.000,00!

Explorando a História Colorida do Jogo do Bicho

Antes de concluirmos nossa análise sobre o número do tigre no Jogo do Bicho, vale a pena explorar um pouco da história desse jogo intrigante. O Jogo do Bicho é uma prática de apostas com raízes que remontam ao final do século XIX no Brasil. Apesar de sua ilegalidade, essa tradição persiste e faz parte da cultura popular brasileira há mais de um século. Atualmente, existem projetos de lei em discussão no Congresso Nacional em busca de uma eventual regulamentação.

O Jogo do Bicho foi criado pelo Barão João Batista Viana Drummond, um carioca que viveu no final do século XIX, na cidade do Rio de Janeiro. O barão era um empresário de grande prestígio na Corte, participava de vários empreendimentos e investimentos, e era acionista da Cia Ferro Carril Vila Isabel.

Vila Isabel foi o primeiro bairro planejado da cidade do Rio de Janeiro. No projeto de criação do bairro estava prevista a instalação de um parque e de um jardim zoológico, jardim esse que mais tarde seria o nascedouro do jogo de bicho.

O então Comendador Drummond, conhec

endo o projeto, solicitou, em 1884, permissão para instalar o jardim zoológico. Quatro anos depois, em julho de 1888, houve a inauguração oficial do empreendimento, que se tornou um sucesso. Nesse mesmo ano, Drummond recebeu do Imperador Pedro II o título de Barão.

Em 1890, o Barão, executando a segunda parte do projeto, ampliou as instalações do zoológico e criou um parque com plantas exóticas. No entanto, a situação financeira do zoológico, que já era difícil mesmo com a ajuda financeira recebida pela municipalidade, piorou com a criação do parque.

O orçamento já não era suficiente para cobrir as despesas com a alimentação dos animais e a manutenção do parque. O Barão tentou solucionar o problema cobrando ingressos dos visitantes, mas essa medida não foi bem aceita e provocou um efeito contrário: os frequentadores do jardim zoológico desapareceram.

O Barão recorreu, mais uma vez, à Intendência Municipal, visando obter licença para explorar jogos públicos lícitos nas dependências do zoológico, com a finalidade de trazer de volta o público visitante. A licença foi permitida desde que não incluíssem os chamados jogos de azar, conforme estava previsto no Código Penal de 1890.

O mexicano Ismael Zevada, auxiliar do Barão, com o intuito de colaborar para a solução do problema mencionou o “jogo das flores” que existia em sua terra e que poderia ser adaptado para os “bichos”. A ideia foi analisada e posta em prática: foram pintados 25 quadros, cada quadro com um bicho, numerados a partir de 1. Antes de abrir o zoológico, o Barão escolhia um quadro e colocava-o em uma caixa que ficava estrategicamente à sua entrada. Em cada ingresso havia a figura de um dos vinte e cinco bichos. Às 15h, a caixa era aberta e aqueles que tivessem no ingresso o bicho sorteado, eram os ganhadores de um prêmio em dinheiro.

O primeiro sorteio ocorreu num domingo, em 3 de julho de 1892. O bicho sorteado foi o avestruz. Nessa ocasião também foram disponibilizados para o público outros entretenimentos, porém o jogo do bicho foi o que obteve maior aceitação e mais repercussão na imprensa diária, mais do que a própria reinauguração do zoológico.

O Jornal do Brasil, Jornal do Commercio, O Paiz, Diário de Notícias, Gazeta de Notícias e O Tempo noticiaram os acontecimentos. Alguns confirmaram o grande número de visitantes, inclusive autoridades, políticos e senhoras da alta sociedade carioca; outros informavam qual o animal sorteado e as novas linhas de bondes criadas especialmente para facilitar o acesso ao Zoológico.

Logo o zoológico transformou-se em um lugar de lazer bastante concorrido. Duas semanas depois do primeiro sorteio, o valor do prêmio já havia quadruplicado. Os compradores dos bilhetes do bicho eram tantos que por mais de uma vez houve conflitos no local e o Barão foi obrigado a chamar a polícia para garantir a ordem.

O zoológico foi transformado em lugar de jogatina, a situação virou um escândalo o que desagradava às autoridades. O Barão não poderia imaginar que estava inaugurando um dos jogos mais populares e polêmicos do Rio de Janeiro e do Brasil.

Diante dos conflitos, em 1895, o prefeito Werneck de Almeida publicou o Decreto 133, que proibia o sorteio dos bichos nas dependências do jardim zoológico. A essa altura os bilhetes do jogo dos bichos passaram a ser vendidos na Rua do Ouvidor, que era então a mais movimentada do Rio de Janeiro e ficava bem distante dos portões do zoológico.

Nessa época foram abertos os chamados bookmakers, casas de apostas que vendiam poules (pule) das mais diversas apostas permitidas ou não, inclusive a do jogo do bicho, que passou a ter validade por quatro dias. Assim o apostador não precisava ir ao zoológico nem estar presente no momento do sorteio.

Além dos bookmakers, o Barão espalhou pela cidade seus agentes para vender os bilhetes do bicho, sendo essa participação dos vendedores ambulantes muito importante para o sucesso do jogo entre os apostadores. Para ser vendido nas ruas, o jogo do bicho passou por várias adaptações: a primeira foi vincular os bichos aos números, depois veio a divisão em grupos e dezenas.

Em 1897, morre o Barão de Drummond, mas o jogo continua. Em 1899, foi promulgada a Lei 628 que instituiu a pena de um a três meses de prisão para os acusados da prática do jogo do bicho.

A imprensa teve sua contribuição na legitimação do jogo do bicho. Nas primeiras décadas do século XX, vários periódicos foram criados em função do jogo. Em 1903 começou a circular O Bicho, primeiro periódico dedicado ao jogo, mais tarde surgiram o Talismã e o Mascotte.

Em 1915, o senador Érico Coelho apresentou um projeto de lei para legitimação do jogo do bicho, mas não foi aprovado. Segundo Magalhães (2006), o poder público responsável pela Capital Federal jamais conseguiu definir uma estratégia efetiva para combater os chamados “bicheiros” ou deixar claro por que algumas loterias eram permitidas e outras não.

Em 1941, o jogo do bicho é incluído na lei de Contravenções Penais. Cavalcanti (1995) afirma que depois de 1946, com a cassação de todas as licenças concedidas para funcionamento de casas de jogo no Brasil, o jogo do bicho se expandiu muito mais, acompanhando o crescimento de áreas periféricas.

O bicheiro era conhecido pela honra à palavra empenhada, obtendo com isso a confiança e o respeito do apostador, que recebia ajuda pessoal e benfeitorias públicas em troca de sua lealdade.

Dessa forma, o jogo do bicho, mesmo perseguido, passou a fazer parte do cotidiano, do folclore e da vida do povo brasileiro, já tendo sido motivo para muita discórdia e infelicidade; tristeza e alegria. Já foi tema para letra de música, roteiro de filmes, novela e enredo de escolas de samba. Foi também assunto para trabalhos acadêmicos, livros, artigos de revistas e muitas manchetes de jornais. A sua história já foi várias vezes sufocada, seguindo à margem da sociedade, mas continua sempre presente na cultura popular.

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